Livro Carreira Saudável por Rebeca Toyama

Livro Carreira Saudável

Quem sou eu nesse futuro que bateu na minha porta sem avisar?

Matéria escrita por: Rebeca Toyama

A pergunta que habita dentro de muitos nesse início de ano deixou de ser “o que devo fazer” e passou a ser: “quem eu sou” nesse futuro que bateu na porta sem avisar e entrou em nossas casas sem pedir licença.

O cenário de pandemia acelerou transformações que já estavam em andamento no mercado de trabalho e o ritmo de adoção da tecnologia: home office, nomadismo digital, algoritmos, aprendizagem de máquina, inteligência artificial, computação em nuvem e EAD já fazem parte da realidade da maioria das pessoas ao redor do planeta. Segundo o Relatório Futuro do Trabalho 2020 do Fórum Econômico Mundial: 43% das empresas pesquisadas indicam que pretendem reduzir sua força de trabalho devido à integração de tecnologia, 41% planejam expandir o uso de contratados para trabalho especializado em algum tipo de tarefa específica e 34% planejam expandir sua força de trabalho devido à integração de tecnologia. Em 2025, o tempo gasto em tarefas atuais no trabalho por humanos e máquinas será igual.

Esse mesmo relatório estima que em 2025, 85 milhões de empregos podem ser substituídos por uma mudança na divisão de trabalho entre humanos e máquinas, enquanto 97 milhões de novos papéis podem surgir que são mais adaptados à nova divisão de trabalho entre humanos, máquinas e algoritmos.

Observe que o saldo é positivo, todavia, para atuar nesse cenário é necessário desenvolvermos as competências adequadas para atender às novas demandas. Visto que todas as competências exigidas pelo mercado de trabalho mudarão nos próximos cinco anos, todos nós precisaremos desenvolver novas habilidades.

O QUE SÃO COMPETÊNCIAS?

Competências são expressas quando geram um resultado, decorrente da aplicação conjunta de conhecimentos, habilidades e atitudes.

conhecimento corresponde às informações que, ao serem reconhecidas e assimiladas nos permitem “entender o mundo” causando impacto sobre nossos julgamentos e comportamentos. Refere-se ao saber o que e por que fazer (know-what e know-why).

Já habilidade está relacionada à capacidade de fazer uso produtivo do conhecimento que possuímos. Essa dimensão refere-se ao saber como fazer algo em determinado processo (know-how).

E a atitude, como terceiro elemento ou dimensão da competência, refere-se aos aspectos sociais e afetivos relacionados ao trabalho. Esse componente da competência está relacionado a um sentimento ou ao grau de aceitação ou rejeição da pessoa em relação aos outros, a objetos ou a situações, são estados complexos do ser humano que afetam seu comportamento. 

E COMO DESENVOLVER ESSAS COMPETÊNCIAS?

O equilíbrio entre o saber aprender (conhecimento), o saber fazer (habilidade) e o saber agir (atitude) está relacionado com nossas 4 inteligências.

  • Contextual (a mente) – a maneira como compreendemos e aplicamos nosso conhecimento;
  • Emocional (o coração) – a forma como processamos e integramos nossos pensamentos e sentimentos, bem como o modo que nos relacionamos com os outros e com nós mesmos;
  • Inspirada (a alma) – a maneira como usamos o sentimento de individualidade e de propósito compartilhado, a confiança e outras virtudes para efetuar a mudança e agir para o bem comum;
  • Física (o corpo) – a forma como cultivamos e mantemos nossa saúde e bem-estar pessoais e daqueles em nosso entorno para estarmos em posição para aplicar a energia necessária para a transformação individual e dos sistemas.

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E O QUE FAZER?

A inteligência emocional tem ocupado a lista das principais habilidades do futuro e despertado muito interesse, pois  impacta diretamente em nossa forma de agir e nos relacionarmos com o mundo. Sem essa habilidade não adianta sabermos o que e por que fazer (know-what e know-why) ou como fazer (know-how), pois na hora “H” nos perdemos em meio a tantos conhecimentos e habilidades, mas sem a atitude necessária.

Segundo Daniel Goleman pesquisador e autor de diversos livros sobre Inteligências emocional, existe um caminho para desenvolvermos essa habilidade:

  1. Reconheça suas emoções
  2. Aprenda a lidar com elas
  3. Reconheça as emoções dos outros
  4. Aprenda lidar com elas
  5. Seja automotivado

O autor reforça que não há atalhos para a automotivação, é necessário aprendermos todos os passos para ter atitude.

DICAS

Como mensagem final, quero deixar aqui 3 dicas:

  • Não tente controlar as emoções, aprender escutá-las e ter maturidade para saber o que fazer com elas é o melhor caminho
  • Cuide de sua saúde física, cansaço, sono, fome atrapalham o humor de qualquer pessoa, independentemente, da idade.
  • Estabeleça vínculos com pessoas que o motivem a crescer, grupos que tragam aprendizados e desafios.

Por Rebeca Toyama – Fundadora da ACI

Sugestão de leitura sobre o tema:

  • Gestão por competências / Pedro Paulo Carbone…[ et al.]. – Rio de Janeiro Editora FGV, 2016.
  • A Quarta Revolução Industrial / Klaus Schwab; tradução Daniel Moreira Miranda. – São Paulo: Edipro, 2019.
  • Inteligência Emocional / Daniel Goleman – Editora Objetiva 
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