Que o mundo se desestabilizou nos últimos três anos – com a pandemia da Covid 19 e a guerra na Ucrânia, sobretudo esses dois eventos – ninguém duvida. Até porque países e organizações até hoje sofrem os efeitos desses “novos tempos” em que se convencionou chamar de “o novo normal”. Há questões a serem resolvidas com urgência. À parte do avanço da Inteligência Artificial, é bom que se veja o ser humano, pois é este quem deveria ser colocado no foco.
E que riscos corre este humano, líder de organizações de toda natureza neste “novo pacote”?
Segundo o Fórum Econômico Mundial, os riscos globais se ampliam e, para mitigá-los, ou resolvê-los, há que se ter estrutura – física, intelectual e emocional.
Lidar com a análise de questões exógenas – que independem de nossa vontade –, como migrações em massa, crise energética global, guerras e saídas de capital de mercados emergentes, e as endógenas – as quais temos de encontrar bases para resolvê-las – como inflação local e desemprego, entre outras, e de forma simultânea, não é tarefa simples, mesmo para os profissionais experientes.
Com o início deste ano, renovam-se os desafios. O mundo enfrenta uma série de riscos que nos parecem novos e, ao mesmo tempo, familiares. Na prática, vimos o retorno de riscos “antigos”, tais como inflação, custo de vida, guerras comerciais, saída de capital de mercado emergentes, agitação social generalizada, confronto geopolítico e o espectro de uma guerra nuclear, que poucos líderes empresariais e formuladores de políticas públicas desta geração experimentaram. É de se ter atenção, portanto, ao Relatório de Riscos Globais 2023 elaborado pelo Fórum Econômico Mundial para buscarmos soluções e oportunidades.
Nele a “crise do custo de vida” é classificada como o risco global mais grave nos próximos dois anos, com pico no curto prazo. Apareceram dois novos participantes nas principais classificações: o “crime cibernético generalizado e insegurança cibernética” e “migração involuntária em larga escala”.
Ranking de riscos para os próximos 2 anos:
- Crise de custo de vida
- Desastres naturais e eventos climáticos extremos
- Confronto geoeconômico
- Falha em mitigar as mudanças climáticas
- Erosão da coesão social e polarização social
- Incidentes de dano ambiental em grande escala
- Falha na adaptação às mudanças climáticas
- Crime cibernético generalizado e insegurança cibernética
- Crises de recursos naturais
- Migração involuntária em larga escala
A solução está na requalificação
É neste ponto que entra a ACI – Academia de Competências Integrativas. Estamos atentos aos processos de colaboração bastante destacados este ano em Davos durante o Fórum, ao retorno dos “riscos antigos” como inflação, guerras comerciais e demandas energéticas, assim como estamos 100% dentro da problemática da saúde mental, que afeta trabalhadores e sobretudo lideranças de todas as áreas, sejam estas financeiras ou não. Um olhar atento ao Relatório de Riscos Globais observará que a requalificação é condição sine qua non para o êxito. Profissionais e lideranças precisam ficar atentos a todos os riscos e acompanhar paripassu tais acontecimentos já apontados no ranking acima.
Em termos práticos, life long learning veio para ficar na vida das empresas e dos profissionais. Crenças e vieses antigos muitas vezes precisam ser descontruídos ou atualizados.
Riscos sempre existirão, mas com o devido conhecimento e autoconhecimento, podemos não apenas evitá-los, como também transformá-los em oportunidade.
Por Rebeca Toyama MSc fundadora da ACI – Academia de Competências Integrativas, atua como mentora de carreira e palestrante sobre temas relacionados à liderança e saúde mental. Administradora e mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP.