Livro Carreira Saudável por Rebeca Toyama

Livro Carreira Saudável

Qual o conhecimento necessário para você se transformar em alguém capaz de mudar o mundo?

Matéria escrita por: Rebeca Toyama

Num cenário de muita velocidade, diversidade e tecnologia, aprendizado é algo que devemos encarar de forma ativa e estratégica. E para quem ainda não sabe, essa é a segunda habilidade do ranking do “Relatório Futuro do Futuro” do Fórum Econômico Mundial. Estamos falando de “aprendizagem ativa e estratégias de aprendizagem”. No mesmo relatório é enfatizado que todos nós, sem exceção, precisaremos aprender novas habilidades para garantirmos nosso espaço no mercado de trabalho.

Até começar a aparecer no ranking de habilidade para o futuro do trabalho, aprendizagem ativa era um termo apenas conhecido na área da educação. Começou a ganhar espaço dentro das empresas quando estas entenderam sua responsabilidade no desenvolvimento de seus colaboradores. E mais recentemente, este termo começou a ocupar espaço na agenda dos profissionais que começaram a suspeitar que essa é uma responsabilidade muito mais sua, do que de seus empregadores.

Aprendizagem ativa é um processo amplo e possui como principal característica a inserção do aprendiz como protagonista em sua própria realidade. Uma excelente estratégia para facilitar o aprendizado de adultos que respondem melhor quando desafiados a resolver problemas e a construir novos conhecimentos a partir daquilo que já conhecem.

Essas metodologias estão provocando empresas e escolas a reverem seu papel no processo de ensino e aprendizagem. Promover mudanças nas práticas em sala de aula que estão, por muitas vezes, enraizadas no modelo tradicional de ensino, aquele que foca na transmissão de conhecimentos. A metodologia ativa se contrapõe ao modelo tradicional, quando o transcende e busca compreender um ensino centrado no aprendiz, estimulando a todo momento a sua participação ativa centrada na realidade em que está inserido.

Estratégias ativas de aprendizagem são um conjunto de atividades organizadas, com a presença marcante da intencionalidade educativa, nas quais o aprendiz deixa de ser um agente passivo que fica apenas escutando ou assistindo conteúdos, muitas vezes fragmentados, e passa a ser membro ativo no processo de aprendizagem por meio de estratégias pedagógicas que estimulam a apropriação e produção de conhecimento e a análise de problemas, que inclusive foi tema de nossa Aula Integrativa de março.

Talvez por conta do atual momento de isolamento social, muitos se confundam. A metodologia ativa não implica necessariamente no uso das tecnologias, embora ela seja de grande valia, o foco aqui é promover a autonomia do aprendiz para que ele ocupe o papel de protagonista nos processos de ensino-aprendizagem.

O CAMINHO DO APRENDIZADO

Segundo Fredy Kofman no livro Metamanagement o sucesso além do sucesso, esse aprender tem um caminho em 5 etapas:

  1. Noviço ou principiante: quando o aprendiz identifica um campo de ação e admite que não consegue funcionar nesse domínio;
  2. Aprendiz adiantado: quando o aprendiz é posto diante de situações da vida real;
  3. Competente: quando o aprendiz já tem experiência suficiente nas situações reais do mundo;
  4. Destro: quando o pensamento analítico é combinado com uma execução e com certa dose de intuição;
  5. Expert: quando baseado em experiências concretas, a ação do expert não é lógica nem racional, mas intuitiva.

O DESCAMINHO DO APRENDIZADO

Ainda, segundo o mesmo autor, existe um descaminho para o aprendizado e isto ocorre quando ignoramos alguma das etapas anteriores. Ele classificou 3 personagens de aprendizes:

  1. O Sabe tudo: é um expectador por excelência, sua atividade principal não é participar, é observar e muitas vezes criticar;
  2. O Ausente: decide abandonar completamente o campo da ação, nem estuda, nem executa nada;
  3. O Cretino: decide manter o campo da ação, sabendo que não sabe, mas fingindo que sabe.

DICAS PARA VOCÊ DESENVOLVER UMA ESTRATÉGIA PARA APRENDIZAGEM ATIVA

Quero deixar aqui algumas dicas práticas para desenvolvermos essa habilidade:

  1. Reconheça o cenário atual e o que realmente você quer e precisa ser mudado: sem perfeccionismo, teimosia ou vaidade;
  2. Tenha clareza dos resultados esperados: metas, indicadores, objetivos ou novos comportamentos;
  3. Identifique o que ainda precisa ser aprendido para levar você do cenário atual para o desejado, evite buscar culpados ou justificativas;
  4. Pesquise boas fontes de aquisição de conhecimento: fuja das distrações ou conhecimentos fragmentados, como por exemplo uma lista de livros ou vídeos desconectados da essência de seus objetivos;
  5. Seja protagonista de seu crescimento: dedicando-se à aquisição do conhecimento que transformará você na pessoa capaz de realizar o que você veio fazer no mundo.

UMA AUTORREFLEXÃO SOBE O TEMA

O desafio de viver num momento de muita oferta de conteúdo é que todos nós fomos condicionados, desde o ensino infantil, a receber conhecimento de forma passiva. Levando-nos a consumir grande parte do conteúdo que chega até nós, mesmo não sendo o mais relevante para o nosso momento.

Muitas vezes o curso, o livro ou o vídeo que chegou até você apenas teve a melhor estratégia de marketing para te alcançar.

Para pensar junto com seu travesseiro:

  1. Quanto tempo e energia que você tem gastado em frente da tela do computador lendo ou assistindo algo?
  2. Como você efetivamente tem aplicado esse conteúdo?
  3. Você tem se tornando uma pessoa melhor com o que tem aprendido?
  4. Tem feito a vida de alguém melhor com o conteúdo absorvido?

Lembre-se que aquisição de CONHECIMENTO é apenas uma parte. Para desenvolver uma competência é necessário praticar até adquirirmos uma HABILIDADE. E acima de tudo ter uma ATITUDE positiva e proativa perante a vida é isso que realmente vai transformar o mundo.

Por Rebeca Toyama – Fundadora da ACI

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